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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pão e Água ( AUGUSTO DE ABREU)

Minha poesia será sempre pão e água
Nunca chegará a ser champanhe e caviar
Não pretendo impressionar a poucos


Quero alimentar com palavras e esperanças
Os muitos que como eu sou simples
Simples como um dia após o outro,
Simples como a flor,simples como as estrelas
Que por serem simples são bonitas

Simples como a simplicidade pura de uma criança



Minha poesia sempre será Pão e Água

Jamais chegarei a ser caviar e champanhe

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Amei (Anjela Poesi)

Te amei!
Te imaginei!
Te amando imaginei você e eu...

Criei sonhos dourados..prateados...
Construí um castelo....
Onde os sentimentos reinavam...
O rei era o amor..a rainha a paixão...

O carinho era a lei ...
A ternura era a fada madrinha...
A harmonia era responsável pela paz...
O respeito comandava tudo...

As flores perfumava os sentimentos...
Os pássaros com seu canto, encantava a todos...
As estrelas piscavam felizes...
A lua majestosa sorria enamorada...

Mas teci com fios da ilusão o castelo...
Só restou a realidade...
E no recomeço hoje amanha e sempre...
Sigo o destino dos sonhos....

MISTERIO NA PRAIA (Sinval S. da Silveira)

Anoitece na Ilha de Santa Catarina.
O vento, suave e quente, prenuncia
a chegada de um forte temporal.
As duas baías, calmas como lençóis
azuis estendidos em seus leitos,
oferecem uma generosa visão aos
transeuntes em terra.
Algumas aves noturnas, ainda se
arriscam, mar a dentro, em busca de
alimentos.
Embarcações, ancoradas nas
proximidades, parecem, com o mar,
conversar.
E o passado, toma conta dos meus
pensamentos...
Doces lembranças de criança, me fazem
sorrir de felicidade !
Em cada canto, uma história.
O ruído da maré, parece comigo falar.
Sinto saudade da mulher amada...
Agora, o vento aperta e a chuva, forte, desaba.
Antes de partir, escrevo o nome dela e o meu,
na areia da praia, na esperança do mar , aos
seus pés depositar.
Retornei, na manhã seguinte e, sem entender,
somente o nome dela, ainda estava lá...

Alma de Poeta (Susana zilli)

Quem irá entender
A alma de um poeta,
Que é capaz de chorar
Quando sorri,
Que ama a vida,
Os amores,
E os dissabores.
Rejeita o impossível,
Aceita o desafio
Na sua grandiosidade.
Vive de pensamentos
E de cada momento
Resta apenas
Uma saudade.

Autoria: Susana Zilli.

Existe Poesia na ilha?

EXISTE POESIA NA ILHA?
(um manifesto para o Verão)

Na Ilha do prazer, todos tem medo do amor; por isso, o poema da ilha deve falar de amor, não diretamente (quem suportaria?), mas indiretamente; ainda que falemos de pedras e de dunas, o tema do poema será o amor e suas metamorfoses. O poema não é uma ilha.
Na Ilha, todas as musas são decaídas, todas as musas estão dormindo, todas as musas são lindíssimas e vão à praia sozinhas, todas as musas precisam do poema, não do poeta.
Na Ilha da ficção, o poeta sofre metamorfoses. Se Baudelaire vivesse aqui, com sua cara de tristeza faria uso de terapias alternativas, shiatsu, yoga e florais de Bach. Se Drumonnd vivesse aqui, seria um poeta municipal, condecorado. Se Vinícius vivesse aqui, largaria os poemas e ficaria só com as mulheres. Se Fernando Pessoa vivesse aqui, morreria de tédio e criaria o seu mais profundo e verdadeiro heterônimo: Sr. Personne. Se Mallarmé vivesse aqui, faria o único poema em linha reta, o poema da linha do horizonte. Na Ilha da ficção, não há poetas, só poemas.
Na Ilha, o poema deve ser quente. A poesia servida fria, o poema parnasiano e concretista, ou pós-modernista da última moda, o poema frio deve ficar no aeroporto, de onde alça voo mais visível. A arte deve ser quente quando o mundo está morno e confuso. O mundo barroco era um caos: o nosso também é.
Na Ilha das mulheres, o poema é pura forma. Isso quer dizer que o poema é puro conteúdo. O poeta é um artesão de conteúdos. O poeta é um arquiteto de dunas.
Na Ilha virtual, do MSN e do Orkut, das praias irreais e de manequins no banho, o poema só tem a oferecer um sistema de sílabas e de silêncio.
A Ilha existe? Nada mais incerto: uma Ilha é sempre interrogável; vamos citá-la entre aspas, vamos soltá-la no mar; ela ressurgirá no poema. Repovoada. E será a ILHA. A Ilha que criamos, não aquela em que caímos.
Na Ilha, o caos está nas ondas, nas pessoas, nos poemas. Mas não há razão para desespero, ilhéus. Entreabrimos uma porta em meio ao caos, em meio ao ruído, e só essa abertura, essa entrada, essa fresta, já assegura a ordem ressonante do poema, o sentido da onda, a poesia na Ilha.


Texto de Heron Moura, professor de lingüística da UFSC.

sábado, 16 de julho de 2011

Amor ( Regina)

É uma palavra simples
Porém composta de vários sentimentos,

É uma palavra doce
Porém tempera qualquer relação,

É uma palavra pequena
Porém engrandece todos os sentimentos,

É uma palavra leve
Porém pesa em qualquer coração,

É uma palavra única
Porém alimenta milhares de seres,

É uma palavra minha
Porém tornou de nós dois,
um só coração.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ciume Delirante (Sinval santos da Silveira)

Sentimento possessivo. Doce alucinação !
O cuidado de te preservar, na minha maneira
de amar, explode em delírio.
Este teu jeito, tão meigo e encantador de ser,
fascina minh'alma, fazendo-me enlouquecer.
Tuas vestes, coladas ao corpo, expõem a
privativa formosura, bordando de amor a
minha loucura.
Teu olhar, tua voz e os trejeitos tão carinhosos,
são como pedras preciosas, precisam ser bem
guardadas, não podendo ser vistas e nem
tocadas. Só por mim, devem ser admiradas...
Não quero que durmas, pois nos sonhos poderias
ser assediada.
Pensei, até, em te dar o céu como presente,
mas os santos cairiam aos teus pés, para te
conquistar.
No inferno, os demônios seriam convertidos,
pois conheceriam a doçura do amor...
Tenho, então, que te manter nesta terra, em
algum lugar, tão distante e isolado, que somente
comigo possas estar...

O Quarto

O Quarto

Aqui foi o nosso mundo

Foi o céu a terra e o mar

Sofremos, rimos e amamos aqui.

Aqui nossos planos e segredos eram desvendados

E nosso destino era traçado.

Lá fora nada importava.

Nessas quatro paredes vivemos momentos tão sublimes,

Que toda uma vida não conta.

Quando entro nesse quarto,fechos olhos e relembro;

Sinto que alguma coisa me invade...

Parece que o amor ficou retido nesse cubículo.

A cama se abre triste e vazia diante de mim

Como a perguntar por onde andas.

A janela que lança as luzes para o interior.

Desanima- se ao ver que não te encontra.

A mesa anciosa para receber seus pertences,

Decepciona-se ao ver que não viestes.

As paredes que tinham ouvidos para os teus gemidos,

Hoje são frias e sem cores sem o teu calor

A brisa doce que envolvia nosso pecado,

Perde-se ao sentir que não voltastes.

E eu por não poder suportar tanta dor fecho a porta

E vou-me embora.




VP

Um amor Real ( vera portella)

Der repente dois olhares se cruzam, como que por encanto, nesse instante, embora cercados de pessoas, sentem-se como se só existissem os dois naquele ambiente, uma onda de ternura e afeto tomam conta de ambos; não conseguem mais desviar a atenção de um para com o outro. Nunca tinha se visto antes, mas a impressão é de que sempre estiveram ligados de alguma forma. Percebem que aquele encontro não fora casual... mas predestinado. A atração um pelo outro é fatal, e desse momento em diante, nem que quisessem, não conseguem mais afastar-se um do outro. Um carinho e um cuidado especial passam a nutrir, sentindo-se como se fora guardião um do outro. Passam a sentir todas as reações e a perceber, como que por um milagre, tudo o que o outro sente... quando tem sede...calor..fome...desejo...dor...alegria ...enfim, são simplesmente almas gêmeas. Quando juntos... Olhos... pele..cabelos se tornam muito mais brilhantes e vivos. Os dois seres , como em um bailar de flores silvestres ,puros e lindos, se abraçam , flutuam em um paraíso encantado e angelical e desejam que esse momento não acabe jamais. Os apaixonados envolvem em deliciosos sentimentos de amor, carinhos , e desvelos um para com o outro e sem a menor dúvida percebem a presença de Deus a seu lado. Um amor completo...onde a verdadeira essência, onde a rara conexão entre dois seres é perfeita. Dois corpos que se fundem em um amor cheio de criatividade, cheio de ternura, carinho e um desejo nunca sentido, nunca imaginado, nunca sonhado, os transformam em um casal inseparável, nada, nem ninguém, mesmo que quisesse poderia diminuir a chama permanente e crescente a cada minuto desse AMOR REAL!

Vera Portella